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«Quando consultamos o PNI 2030 só existe uma página dedicada às mercadorias»

23 Jul





A ferrovia actualmente está na moda. Está na moda porque, finalmente, percebeu-se ou mudou-se o discurso de que estamos perante um modo de transporte ambientalmente e socialmente mais sustentável e que, quando bem gerido e explorado, é também interessante financeiramente.

O País voltou a investir na ferrovia, mas nós, transitários, só conseguimos transportar as nossas mercadorias se tivermos outras condições que não apenas as boas infraestruturas. Por exemplo, quando consultamos o PNI 2030 só existe uma página dedicada às mercadorias e nela apenas encontramos quatro fotografias. Nada mais. Entendemos que é preciso apostar em intermodalidade e que são precisas políticas públicas que apostem na dinamização da intermodalidade, agregando e compatibilizando os vários modos de transporte enquanto, simultaneamente, se minimizam custos e se aumenta a competitividade. Para isso, precisamos, igualmente, de plataformas rodo-ferroviária e de portos secos devidamente localizados, que sejam agregadores de carga, pilares de desenvolvimento regional e, por consequência, elementos centrais para a coesão territorial. A nossa intenção com a CLF - Comunidade de Logística Ferroviária é, precisamente, reunir todos os intervenientes do ecossistema ferroviário, com o foco na carga, nas plataformas e na criação e corredores logísticos de base ferroviária, mas sempre apoiados na rede rodoviária existente. Só assim entendemos que será possível aumentar a quota do transporte ferroviário. Queremos ser ouvidos e, se possível, aportar e indicar estratégias a implementar, nomeadamente, conciliando e harmonizando a rodovia, a ferrovia, os transportes marítimo e aéreo, utilizando hubs de carga onde esta pode ser movimentada entre os vários modos, mas também onde todas as entidades participarão no desenvolvimento da fluidez das cargas.
 

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