As importações portuguesas aumentaram 16,6% em janeiro, em termos homólogos, impulsionadas pelo material de transporte, que aumentou 36,2% e contribuiu com um aumento de 5,8 p.p. para a taxa de variação homóloga. Segundo os dados divulgados, esta terça-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a maior contribuição foi de aviões e peças.
Já as exportações portuguesas arrancaram o ano a desacelerar para 4,1% em termos homólogos, com o comércio Intra-UE a ser o principal impulsionador do crescimento da venda de bens ao exterior.
No último mês do ano passado, as exportações portuguesas tinham crescido 7,3% em termos homólogos mensais, impulsionadas pela venda de automóveis para transportes. Relativamente às variações face ao mês anterior, em janeiro de 2019 as exportações aumentaram 14,1% e as importações cresceram 16,1%, “o que estará em parte relacionado com o facto de janeiro de 2019 ter mais 2 dias úteis do que dezembro de 2018”, salienta o INE.
Em janeiro, face ao mês homólogo de 2018, o INE destaca o acréscimo de 9,7% nas exportações de material de transporte e de 5,4% nos fornecimentos industriais. Em sentido inverso, destaca o decréscimo de 5% nos combustíveis e lubrificantes. De acordo com o organismo nacional, “ainda justificado em parte pelas manutenções ocorridas nas refinarias nacionais”.
O défice da balança comercial de bens totalizou, assim, 1.996 milhões de euros no primeiro mês deste ano, o que significa um aumento de 794 milhões de euros do que no mês homólogo de 2018.
“Excluindo os combustíveis e lubrificantes, a balança comercial atingiu um saldo negativo de 1.471 milhões de euros, correspondente a um aumento do défice de 773 milhões de euros em relação a janeiro de 2018”, acrescenta o organismo de estatística.
Alemanha lidera crescimento dos destinos das exportações
A Alemanha é o destino de recepção de bens portuguesas que registou o maior crescimento em janeiro, com 17,1%. Já Espanha, que continua a liderar o ranking dos principais clientes das exportações portuguesas, registou um aumento de 7,4%.
Os maiores decréscimos registaram-se nas exportações para a Bélgica, com uma queda de 31,2%, e para o Brasil, com uma diminuição de 40,4%, “principalmente devido à diminuição dos combustíveis e lubrificantes”.
Em janeiro de 2019 destacam-se os aumentos nas importações, em termos homólogos, de França, com um aumento de 69,7%, “essencialmente devido à aquisição de aviões e suas partes”. Já o principal decréscimo nas importações foi dos bens russos, com uma queda de 64,1%, “justificado sobretudo pelos combustíveis e lubrificantes”.
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