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Futuro da logística será híbrido

02 Nov

Digitalização das cadeias de abastecimento está a colocar novos desafios ao sector, mas toqu’ humano será essencial para garantir inovação. Subida de preços dos transportes, concorrência, sustentabilidade ambiental e dos negócios são temas prioritários e que estarão em debate no 18º Congresso APAT – Associação dos Transitários de Portugal, que decorre esta sexta e sábado em Cascais, e ao qual o Expresso se associa

 
Resiliência da cadeia logística será o tema do painel que abre o 18º Congresso da APAT - Associação dos Transitários de Portugal, que tem início esta sexta-feira, no Hotel Real Villa Itália, em Cascais. Moderado por Marta Atalaya, jornalista da SIC, este ‘Momento Expresso’ chama à conversa Rui Batista, da AutoEuropa, Nuno Araújo, da APDL, Luís Miguel Sousa, do Grupo Sousa, e Ana Paula Vitorino, presidente da AMT – Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, para um debate que tentará abordar os desafios que se colocam no pós-pandemia. O sector, que sofreu fortes impactos da covid-19, tenta agora regressar aos níveis de 2019, mas depara-se com uma generalizada subida de preços dos transportes, com os custos dos combustíveis, com a escassez de contentores, e com um aumento da concorrência entre os players, motivada por todos estes desafios. “A disrupção nas cadeias logísticas está a acontecer há mais de seis meses e a agravar-se”, afirma António Nabo Martins, presidente executivo da APAT. O responsável da associação salienta a falta de mão-de-obra nos transitários como um dos principais problemas: “Estamos a viver grandes alterações no trabalho, quer na vertente mais operacional, como na separação, seleção e distribuição”.
 
Outro tema em discussão será o desenvolvimento tecnológico e a digitalização de um sector dito ‘tradicional’ que, à semelhança de outras atividades, acelerou com a pandemia e coloca agora novos desafios às empresas. Por um lado, as empresas transitárias terão que lidar com a mudança imposta pelas ferramentas tecnológicas, da informatização ao aumento de crimes cibernéticos que a digitalização facilita, mas também com o comércio eletrónico que transforma as cadeias de abastecimento e o negócio logístico. “Não sabemos hoje como vai ser a logística com mais plataformas digitais”, diz António Nabo Martins. Por outro lado, estas transformações obrigam a uma requalificação dos recursos humanos, que implicará mudar mentalidades, incentivar a motivação e apostar fortemente na formação. “As tarefas administrativas podem ser realizadas à distância, mas este modelo levanta questões como a motivação das equipas e a sua formação”, reforça o presidente da associação.
 
Para já, o sector está a recuperar, aos poucos, e mais numas áreas do que noutras. “Os negócios que estão muito focados num só meio de transporte e destino estão a ter mais dificuldades”, exemplifica António Nabo Martins que, acrescenta que as empresas que dependem do transporte marítimo estão a lidar com maiores incertezas, devido aos atrasos verificados, que estão a impedir a chegada à Europa de matérias-primas. E o maior problema, conclui, “é que não se vislumbra o fim”.
 
18º CONGRESSO DA APAT - ASSOCIAÇÃO DOS TRANSITÁRIOS DE PORTUGAL
 
Quando, onde e a que horas?
 
No dia 29 de outubro, a partir das 14h30, e no dia 30 de outubro, a partir das 9h, no Hotel Real Villa Itália, em Cascais. O ‘Momento Expresso’ acontece no dia 29, pelas 16h15, e será transmitido em direto na página de Facebook do Expresso.
 
Quem são os oradores?
 
No ‘Momento Expresso’, que conta com a moderação de Marta Atalaya, jornalista da SIC, os oradores são:
 
Rui Batista | AutoEuropa
Nuno Araújo | APDL
Luís Miguel Sousa | Grupo Sousa
Ana Paula Vitorino | AMT
Porque é que este tema é central?
 
O sector logístico encontra-se em grande transformação. Uma mudança que já vinha a desenhar-se antes da pandemia, mas que acelerou com a resposta que as empresas transitárias, e todos os players nas cadeias de abastecimento, foram obrigados a dar em tempo recorde. Agora, à digitalização juntam-se outros desafios, como o custo dos transportes, concorrência, ou sustentabilidade, que forçam a novas alterações estratégicas.

Fonte;  Fátima Ferrão
Semanário EXPRESSO

Fonte fotográfica: Semanário EXPRESSO
 

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