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Tecnologia suportará o desafio da resiliência

02 Nov

O digital terá que fazer parte do dia a dia das cadeias de abastecimento para garantir visibilidade, agilidade e capacidade de tomar decisões em tempo real. Um desafio para operadores do setor transitário onde a transformação ainda tem um longo caminho a percorrer. Conheça as outras conclusões do painel que abriu o segundo dia do 18º Congresso da APAT, a que o Expresso se associou

“O digital será a próxima etapa na cadeia logística”, disse Francisco Batáglia. Para o responsável pelos serviços financeiros de carga da IATA, investir em sistemas informáticos para permitir a troca eletrónica de dados é obrigatório para agilizar um sector que ainda “depende muito do papel”. Durante o painel de abertura do segundo dia do 18º Congresso da APAT – Associação de Transitários de Portugal, que termina hoje em Cascais, o orador lembrava o crescimento dos transportes de carga por via aérea durante a pandemia. Em 2019, as mercadorias pesavam 15% no total dos voos, valor que subiu para 18% em 2020, e que chegará, em 2021, aos 22%. “Todo o comércio eletrónico transfronteiriço segue por via aérea”, salienta.
 
“Consumir mais perto será o futuro”
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Hugo Duarte da Fonseca, administrador da Maeil, empresa especializada em software para transportes e logística, partilha da mesma opinião. “Digitalizar a cadeia de abastecimento é essencial para manter as empresas competitivas no mercado global”. A empresa, que está a investir em startups que possam ajudar a desenvolver soluções mais ágeis para este sector, apresentou no congresso a Solução Cargofive, que permite resolver um dos maiores problemas das empresas transportadoras. Reduzir o tempo de analisar dados do mercado, identificar os melhores preços e soluções para o cliente ocupa, em média, 45% do tempo, com custos muito elevados. Esta solução permite, diz Hugo Fonseca, reduzir 70% do tempo perdido, diminuindo os custos em 30% e aumentando as vendas em 10%.
 
Mas a digitalização cria novos desafios como, por exemplo, o da cibersegurança. À medida que as empresas integram sistemas físicos e digitais, o nível de exposição a ciberataques aumenta exponencialmente. “A segurança informática é fundamental para verificar, dentro da organização, quem potencialmente gera risco e onde terá impacto”, explica Marco Catarino, da ShadowStep, uma empresa especializada em cibersegurança. “Em 2020, o número de empresas que perdeu o controlo dos seus processos aumentou significativamente, mesmo no sector das indústrias transformadoras”, reforça Pedro Rego, CEO da F. Rego Corretores de Seguros. O especialista refere a importância de as empresas garantirem, através de seguros, as perdas financeiras ou a possibilidade de utilização fraudulenta de dados.

Fonte: Fátima Ferrão | Semanário EXPRESSO
Fonte fotográfica: Semanário EXPRESSO

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