Em declarações prestadas à comunicação social, à margem do 19º Congresso da Associação dos Transitários de Portugal (APAT), António Nabo Martins, que ocupa o cargo de presidente executivo da entidade, refletiu sobre o tema da ferrovia, e, mais especificamente, sobre os potenciais ganhos que o projeto da Alta Velocidade trará à fluidez da movimentação de cargas.

Na perspectiva do presidente executivo da APAT, o projeto da Alta Velocidade permitirá descongestionar as vias, libertando canais horários para que o fluxo de mercadorias possa ser levado a cabo com maior celeridade e cadência. António Nabo Martins lembrou que, atualmente, a Linha do Norte (que liga as cidades de Lisboa e Porto) encontra-se «saturada» e que, a continuar com a configuração presente, não possibilitará a introdução de novos comboios de mercadorias.

«A questão da Linha de Alta Velocidade é, para nós, relevante. Não porque iremos ter velocidades mais elevadas ou porque as mercadorias irão circular aí, mas é relevante porque permitirá libertar canais horários na Linha do Norte, completamente saturada e onde, atualmente, é muito complicado introduzir novos comboios em circulação. A libertação de canais horários na Linha do Norte para esta linha de alta velocidade será fundamental para que nós possamos colocar mais comboios de mercadorias a circular entre Lisboa e Porto», explicou o presidente executivo da APAT, aos microfones da TSF.