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ameaça de paralisação que pairava sob os portos do Leste dos Estados Unidos da América (EUA) está, por agora, debelada: o sindicato, que representa cerca de 45 mil estivadores (afetos aos principais portos da Costa Leste) atingiu um acordo para suspender uma greve de que seria de longa duração, mas que, assim, apenas durou três dias. Iniciar-se-ão, agora, negociações com vista a um novo contrato coletivo de trabalho.
Este aproximar de posições permitiu suspender a greve até, pelo menos, 15 de Janeiro de 2025. O Sindicato e a Aliança Marítima dos EUA - entidade que representa os portos e as companhias de transporte marítimo - atingiram um pré-acordo (anunciado por ambas as partes em comunicado conjunto) que permite o arranque de uma nova fase negocial. Segundo fontes da
Associated Press, os portos subiram significativamente a proposta de aumento salarial.
No seguimento deste pré-acordo, a Associação Internacional dos Estivadores já deu instruções para que o trabalho portuário fosse retomado, uma vez que os membros do sindicato não terão de votar a suspensão temporária da greve. Os estivadores iniciaram a greve no passado dia 1 de Outubro, depois de o contrato coletivo de trabalho ter expirado, a meio de disputa sobre aumentos salariais e automatização de tarefas em 36 portos americanos.
De salientar que o sindicato abriu as hostilidades com a exigência de um aumento salarial de 77% em seis anos, além da proibição do uso de automação nos portos. As mais recentes fontes indicam que a contraproposta está bastante mais perto destas pretensões. Persiste ainda uma considerável distância entre as partes no que toca às contribuições para as pensões e à distribuição das comissões pagas sobre os contentores movimentados pelos trabalhadores.
Fonte: Lusa, RTP e Associated Press