A ANA Aeroportos de Portugal entregou ao Executivo, no passado dia 17 de Dezembro, o Relatório Inicial referente à construção do novo aeroporto Luís de Camões. O governo liderado por Luís Montenegro tem agora um prazo de 30 dias para negociar ajustes e dar resposta e consequente luz verde à candidatura formal da ANA à edificação da futura infraestrutura aeroportuária.

O relatório, contendo a estimativa dos custos, especificações técnicas do projeto e o modelo de financiamento, está já na posse do Executivo, foi levado a cabo durante os últimos seis meses, é o primeiro passo formal neste longo processo. A concessionária terá de preparar uma candidatura completa, que incluirá um conjunto alargado de documentos, como o Relatório das Consultas, o Relatório sobre o Local Selecionado, um Estudo de Impacte Ambiental, o Relatório Técnico e o Relatório Financeiro.

Entregue a candidatura, o governo terá 90 dias para decidir se a construção do aeroporto é mesmo para avançar nos moldes propostos. Segundo avança o jornal ECO, a aprovação em Conselho de Ministros da resolução que mandata a ANA (que é detida pela francesa Vinci) a preparar a candidatura à construção da infraestrutura no Campo de Tiro de Alcochete deverá avançar até ao final de Fevereiro, segundo o calendário interno do Executivo. Os custos da obra não foram ainda especificados.

O ECO adianta, contudo, que o futuro aeroporto poderá custar mais de 8 mil milhões de euros, com outras notícias a darem conta de um valor ainda mais elevado, na ordem dos 9 mil milhões de euros - um custo significativamente mais alto que os números inicialmente previstos. O Relatório Inicial sobre o novo aeroporto, entregue esta terça-feira pela ANA ao Governo, prevê que o novo aeroporto seja financiado através da alteração das taxas aeroportuárias e a extensão do contrato de concessão.