«A carga encontra, sempre, um caminho. Se não for em Lisboa, será em Figo Maduro, e, se não for em Figo Maduro, será no Porto», comentou Daniel Pereira, membro da direção da APAT, ao abordar o tema do novo aeroporto.
Daniel Pereira, membro da direção da Associação dos Transitários de Portugal (APAT), foi um dos entrevistados pela TSF durante a realização, nos dias 10 e 11 de Novembro, do 19º Congresso da associação, que teve lugar em Vila Nova de Gaia. Aos microfones da emissora, Daniel Pereira enalteceu a resiliência do setor logístico e transitário e lembrou que a movimentação das cargas, rumo aos seus destinos, é mais forte que os constrangimentos conjunturais que possam surgir.
Ao analisar o dossier do novo aeroporto, Daniel Pereira deixou claro: «A carga encontra, sempre, um caminho. Se não for em Lisboa, será em Figo Maduro, e, se não for em Figo Maduro, será no Porto. Ou, como está a acontecer muitas vezes, é pegar as cargas via camião e levá-las para Madrid ou, por exemplo, Barcelona, e, a partir destes polos, apanhar aviões para levar as cargas a bom porto». Para o responsável diretivo, trata-se, contudo, de uma «situação triste» que prejudica «importadores e exportadores».
Conjuntura internacional e os efeitos negativos no setor
Daniel Pereira abordou, também, a bicuda conjuntura internacional e os seus nefastos efeitos no setor: «É evidente que as pessoas se encolhem e tudo isso atrasa alguns investimentos. As taxas de juro também vieram prejudicar, e de que maneira, os investimentos que estão a decorrer», declarou, exemplificando com alguns casos em que as taxas de juro vieram onerar significativamente os investimentos já planeados para as empresas. Torna-se, assim, mais difícil expandir os negócios.
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"Seaport cargo facility in Elizabeth, N.J." by U. S. Fish and Wildlife Service - Northeast Region is marked with Public Domain Mark 1.0. To view the terms, visit https://creativecommons.org/publicdomain/mark/1.0/?ref=openverse.