Em declarações prestadas à TSF, António Nabo Martins, presidente executivo da APAT, realçou a importância da valorização da atividade transitária e logística, algo que não acontece.
Durante a realização do 19º Congresso da Associação dos Transitários de Portugal (APAT), nos dias 10 e 11 de Novembro de 2023, em Vila Nova de Gaia, uma mensagem central foi nota dominante no discurso do presidente executivo da associação: urge criar um organismo que tutele, de forma direta e dedicada, o setor dos Transportes e Logística. António Nabo Martins lamentou que, de forma continuada, este segmento seja negligenciado, assim prejudicando consideravelmente a Economia.
Portugal precisa de uma estratégia inclusiva (e intermodal) para a Logística
Em declarações prestadas à TSF, António Nabo Martins realçou a importância da valorização da atividade transitária e logística, algo que não acontece. «Esta área da Logística é um parente pobre da política, que, de facto, não se tem preocupado muito com estas questões. Nós continuamos a defender a existência – já nem dizemos de um Ministério dos Transportes (porque já nem somos tão ambiciosos) – de uma Secretaria de Estado ou até uma direção-geral de Transportes e Logística».
A ideia havia já sido abordada por Paulo Paiva, que, no discurso de abertura do 19º Congresso, vincou que a Logística é o «parente pobre da Política», sendo apenas notada pela percepção geral quando ocasionais rupturas sucedem. A resposta a este vazio deverá ser, explicou António Nabo Martins, a adopção de uma «estratégia de transportes a nível ncional» capaz de «incluir todos os modos de transporte, portos marítimos e secos, centros de operação logística» e uma concertação sinérgica com metas comuns.