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Transporte ferroviário de mercadorias «mais caro» é um «contrassenso»

01 Jul
Miguel Rebelo de Sousa, diretor executivo da Associação Portuguesa de Empresas Ferroviárias (APEF), deixou críticas à falta de apoio ao setor da ferrovia.
Na entrevista 'd'A Vida do Dinheiro, Miguel Rebelo de Sousa, que ocupa o cargo de diretor-executivo da Associação Portuguesa de Empresas Ferroviárias (APEF), deixou críticas às atuais políticas negligentes de Portugal face ao transporte ferroviário de mercadorias, que, vinca, carece de apoios estruturais capazes de aportar maior competitividade ao setor.

Analisando o atual cenário, à luz da ameaça do maior player do setor de abandonar o mercado português para se focar inteiramente na operação na vizinha Espanha, Miguel Rebelo de Sousa diz compreender a opção, uma vez que Portugal não coloca no terreno medidas capazes de fomentar o dinamismo na ferrovia, o que acaba por tornar o mercado desinteressante para os investidores.

«No final do dia, é normal que um acionista pese até que ponto é que faz sentido continuar a insistir num mercado onde, pelos vistos, não tem condições para ser competitivo, quando, ao lado, tem outro mercado, onde tem incentivos para operar, tem incentivos à transição modal, incentivos à descarbonização dos transportes», declarou o diretor-executivo da APEF.

Em Espanha, a política de incentivos ao transporte ferroviário é abrangente e capaz de tornar o setor mais apelativo, assim fixando mais negócios. Miguel Rebelo de Sousa lembrou que a compra de comboios elétricos «tem incentivos em Espanha», existindo «financiamento sem custo», ao contrário do que se passa em Portugal, onde não se dá «qualquer tipo de apoio». Para piorar a situação, reforçou Miguel Rebelo de Sousa, o transporte ferroviário está «mais caro», o que é «um contrassenso».

Fonte: TSF
Leia toda a reportagem aqui.

Foto: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Comboio_Variante_Boa_Vista-Guaian%C3%A3.jpg
Autor: Zardeto

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