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A importância estratégica dos Portos Secos no fomento da Intermodalidade

03 Jun
Para o presidente executivo da APAT, os portos secos são «elementos-chave em redes logísticas complexas» e qualquer estratégia de logística integrada deve apostar nesta ferramenta.
Foi durante a sua intervenção no evento 'Jornadas Ibéricas pela Ferrovia', ocorrido nos dias 11 e 12 de Maio, em Lisboa, que o presidente executivo da APAT, António Nabo Martins, abordou o tema da Intermodalidade e da aposta em Corredores Logísticos, como parte de uma estratégia nacional que apenas poderá surtir total efeito se for dada a devida importância aos portos secos.

Portos secos são «elementos-chave» de «redes logísticas complexas»

Enquanto componente estratégica de uma política de Logística Integrada, assente numa consistente articulação entre a ferrovia e a rodovia, os portos secos são, explicou António Nabo Martins, uma ferramenta essencial para tal desígnio de eficiência e coordenação. «Tratam-se de elementos-chave em redes logísticas complexas» que funcionam como «nós interiores para a concentração de mercadorias, depósitos de contentores vazios e outros serviços logísticos de valor acrescentado», afirmou.

Para que as redes logísticas seja eficientes, acrescentou, torna-se imperativa uma «integração multimodal sólida ao nível da infraestrutura, operacional e de gestão de informação». É ainda «essencial» que os portos secos «sejam coordenados integradamente com os portos marítimos e com todas as partes envolvidas na operação multimodal». Esta estruturação permitirá, vincou Nabo Martins, a «concentração dos volumes necessários para ligações intermodais frequentes diretas, com portos e outros terminais». O painel, recorde-se, contou ainda com a participação de Carlos Vasconcelos e Francisco Furtado.

É precisamente ao respeitar-se esta necessidade estratégica de multimodalidade que é possível a eliminação de «custos de interface» e à implementação de uma rede estruturada capaz de «conectar os principais centros económicos com características claramente competitivas (prazo, frequência de transporte, fiabilidade e preço). 
 
Foto: Guillaume Bolduc guibolduc, CC0, via Wikimedia Commons
Shipping container pattern (Unsplash)

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