A decisão será oficializada «em breve», garantiu Donald Trump, presidente dos EUA será aplicada uma tarifa de 25% às importações da União Europeia.
A decisão está tomada e será oficializada «em breve», garantiu Donald Trump, presidente dos Estados Unidos da América (EUA): será aplicada uma tarifa de 25% às importações da União Europeia (UE). Esta medida arrasta assim o velho continente para a guerra comercial iniciada pela Casa Branca: os alvos iniciais do recém-eleito presidente dos EUA haviam sido a China, Canadá e México. Donald Trump acusou a UE de «irritar» os EUA e de não haver, atualmente, uma relação comercial justa entre as duas potências económicas.
O sucessor de Joe Biden reiterou as críticas à UE, lembrando que a comunidade «não aceita os [seus] carros nem os [seus] produtos agrícolas» e que o défice comercial dos EUA com a Europa está, atualmente, nos 300 mil milhões de dólares; estes dados não são corroborados pela Comissão Europeia, que estima tal défice em cerca de 157 mil milhões de dólares, só em bens, mas apenas 50 mil milhões de euros quando se tem em conta o excedente comercial dos EUA em serviços. «A UE foi criada para irritar os EUA. Esse era o objetivo e tiveram sucesso», atirou.
Na perspetiva de Trump, os países europeus poderão ter a tentação de aplicar medidas de retaliação; contudo, o líder da Casa Branca afirmou que não espera que tal aconteça. «Podem tentar fazer isso, mas os efeitos nunca serão os mesmos, porque podemos ir embora. Nós somos a cornucópia, aquilo que todos querem e eles podem tentar retaliar, mas não vai resultar», declarou. Quanto às taxas alfandegárias anunciadas, no início de Fevereiro, tendo como alvos o Canadá e o México, entrarão em vigor a 2 de Abril, revelou o secretário do Comércio, Howard Lutnick. Esta escalada de tarifas, tida como uma estratégia ultra-protecionista, terá efeitos diretos no Comércio Global a curtíssimo prazo.
Em resposta a estas críticas, bem como à ameaça da aplicação de novas taxas, a UE respondeu estar preparada para uma reação «firme e imediata», lembrando que a sua génese permitiu criar um «mercado único vasto e integrado», facilitando o comércio, reduzindo «os custos para os exportadores norte-americanos» e harmonizando «as normas e regulamentações em 27 países. «A UE protegerá sempre as empresas, os trabalhadores e os consumidores europeus contra tarifas injustificadas», garantiu um dos porta-vozes do executivo comunitário.
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