Não terá sido o fim da tensão mas o clima amenizou significativamente: os EUA e a União Europeia firmaram um acordo comercial preliminar e provisório que impede uma potencial escalada de tarifas entre os dois blocos económicos. Donald Trump e Ursula von der Leyen acordaram numa tarifa de 15% para os bens exportados para o mercado americano, longe dos 30% inicialmente projetados pelo controverso líder republicano. A tarifa para as exportações dos EUA com destino ao mercado comunitário não ficou, ainda, explicitada.
Von der Leyen fala em «acordo enrome» que traz «estabilidade»
«É um acordo enorme» que, segundo von der Leyen, «vai trazer estabilidade e previsibilidade. Isso é muito importante para as empresas de ambos os lados do Atlântico». A presidente da Comissão Europeia vincou que a tarifa de 15% seria «geral» e «abrangente», sustendo o ímpeto de Trump em aplicar outras tarifas. Contudo, este resultado afigura-se uma concessão «dolorosa», como caracteriza a
Euronews, considerando que as negociações começaram com von Ursula der Leyen a colocar em cima da mesa das negociações um acordo tarifário 'zero por zero'.
Recorde-se que, antes do ímpeto tarifário de Donald Trump, os produtos fabricados na UE estavam sujeitos a uma taxa média de 4,8% ao entrar no território dos EUA. O acordo implicará, se tudo decorrer como esperado, uma subida de cerca de 10%. Já os automóveis exportados pela UE, que estão atualmente sujeitos a uma tarifa de 27,5%, passarão a estar abrangidos pela taxa de 15%. No que toca a aeronaves, semicondutores, recursos naturais, matérias-primas críticas e alguns produtos químicos e agrícolas, será aplicado um esquema de 'zero por zero'.
O acordo prevê, ainda, um compromisso de 250 mil milhões de dólares por ano na aquisição de gás natural liquefeito americano e combustíveis nucleares para 'roubar' quota à energia russa transacionada.
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