Com oradores de renome oriundos de diferentes áreas da Logística, a articulação digital intermodal foi dos temas mais analisados durante ao painel 'Construindo o Ecossistema Digital', no 20º Congresso da APAT.
O rescaldo do 20º Congresso da Associação dos Transitários de Portugal (APAT) não estaria completo sem uma reflexão sobre o painel 'Construindo o Ecossistema Digital' reuniu, no dia 10 de Outubro, várias empresas intrinsecamente ligadas ao fenómeno da Digitalização nos Transportes e na Logística, cada uma com uma visão importante para a estruturação do futuro do setor. Com oradores de renome, oriundos de empresas nacionais e internacionais, a articulação digital intermodal foi dos temas mais analisados durante a sessão.
Xolyd, Cargofive, CargoStart, Luís Simões, Lidl e F. Rego
Como devem as empresas abordar a digitalização na relação com parceiros e clientes? Como devem mediar processos de articulação e comunicação com os mais variados stakeholders do fenómeno logístico e comercial? Com conceitos como 'eficiência', 'eficácia', 'transparência' e 'fiabilidade' em cima da mesa, os participantes da mesa-redonda 'Construindo o Ecossistema Digital' partilharam pontos de vista e experiências que permitiram aprofundar um dos grandes desafios da atualidade: articular o conceito de intermodalidade ao nível do serviço e harmonizar sistemas operacionais para que a fluidez da experiência do cliente possa ser cada vez maior e mais apelativa.
Sérgio Baptista, da empresa tecnológica Xolyd, Sara Vera-Cruz, da startup de soluções logísticas Cargofive e Giovanna Cardinali, da empresa italiana Cargo Start (com forte ligação à carga aérea), representaram a vertente do serviço digital, ao passo que Vítor Enes, em representação da Luís Simões, e Tânia Diogo, da cadeia de hipermercados LIDL, deram um contributo a partir da perspetiva logística do dia-a-dia no terreno; já Luís Teixeira, em representação da corretora F. Rego (parceira da APAT há já vários anos), foi essencial para trazer para o debate a importância das soluções de gestão de risco e coberturas em áreas de responsabilidade civil, cyber, crédito, carga e litígios.
Rumo a um ecossistema digital mais interoperável e transversal?
A ascensão do trunfo digital no setor dos Transportes e Logística trouxe um progresso incomensurável em termos de ganhos operacionais e eficiência de procedimentos que gerou benefícios de ponta-a-ponta; mas, para que a articulação entre ecossistemas digitais possa ser harmoniosa, ágil, dinâmica e interativa, torna-se vital construir sintonia entre meios de transporte, plataformas e serviços, integrando as diferentes particularidades e uniformizando processos e informações, rumo a uma maior homogeneidade de ações e interações: assim, parceiros de negócio e clientes finais poderão obter, não só mais transparência, como resultados mais adequados às suas expectativas.