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«Sem a competitividade que a digitalização permite, estar-se-á fora de mercado»

28 Jun
Joaquim Pocinho, presidente da direção da Associação dos Transitários de Portugal (APAT), voltou a reforçar que o futuro das empresas transitárias terá que, invariavelmente, estar associado a quatro pilares estratégicos que permitirão sustentar a evolução e a rentabilidade da atividade transitária: são eles a Digitalização, Escala, Integração Vertical das cadeias de valor e o e-commerce.

Em entrevista concedida ao 'Jornal de Leiria', o presidente da direção da APAT vincou que, se cumpridos, estes quatro desígnios estratégicos «podem assegurar o futuro dos transitários». Um futuro que será, incontornavelmente, «digital» no qual é bem possível que as pequenas e médias empresas meçam forças e compitam «com as grandes empresas», afiançou Joaquim Pocinho.

«Sem o acréscimo de competitividade e as soluções operacionais que a digitalização permite, estar-se-á fora de mercado», sublinhou o líder da APAT, deixando assim um alerta para a comunidade transitária. O mesmo vale, reforçou, «para a a criação de empresas com escala, que competirão com as grandes operadoras mundiais aproveitando toda a cadeia de valor, por forma a maximizar as margens de comercialização, cada vez mais reduzidas». Uma complementaridade que a todos beneficia.

No que concerne ao apoio à criação de empresas de escala, explicou Joaquim Pocinho, tal «não é incompatível com o apoio às PME, é antes complementar», uma vez que «as grandes empresas criam procura nos mercados onde operam, ajudando assim as PME, que continuarão a ser organizações altamente especializadas e próximas dos seus clientes». Trata-se assim de atingir um equilíbrio que permita a articulação dos diferentes interesses e estratégias comerciais e a competitividade geral.

Em todo este contexto de procura de maior índices de competitividade, Joaquim Pocinho lembrou que o comércio eletrónico será uma das chaves do sucesso. «Pensamos ser mais do que uma tendência actual. Ele pode vir a ser estruturante no futuro, pelo que os transitários têm de se preparar para essa nova realidade», afirmou. Uma política de adopção de novas ferramentais digitais será o caminho para que as empresas transitárias possam oferecer maior agilidade e eficiência aos seus clientes.
 

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