«É necessária do ponto de vista ambiental, porque são menos camiões na estrada, e do ponto de vista do custo é mais barato do que transportar os carros com camiões», declarou o CEO da Stellantis.
No arranque de Julho, o português Carlos Tavares, que ocupa o cargo de CVEO da companhia Stellantis (produto da fusão entre a Fiat Chrysler e a PSA, em 2021), veio a terreiro defender três medidas de apoio que considera serem vitais para dinamizar a competitividade do setor logístico-automóvel: uma conexão ferroviária entre Mangualde-Vigo ou Leixões, energia a preços mais acessíveis e apoios à aquisição de veículos elétricos.
Instado a comentar os conteúdos do pacote de apoio às empresas nacionais dado pelo Executivo liderado por Luís Montenegro, Carlos Tavares colocou ênfase total na criação de uma conexão ferroviária que ligue a fábrica da Stellantis (situada em Mangualde) aos portos de Vigo e Leixões. «É necessária do ponto de vista ambiental, porque são menos camiões na estrada, e do ponto de vista do custo é muito mais barato do que transportar os carros com camiões», declarou o CEO da Stellantis, citado pela reportagem da Lusa e do 'Jornal de Negócios' (leia
aqui).
Recorde-se que a marca produziu, no ano de 2023, mais de 84 mil veículos (366 carros por dia, 94% dos quais exportados para países como França, Espanha, Itália e Turquia), assim necessitando de uma cadeia logística multimodal que seja fiável e ágil e que permita escoar a produção. Para Carlos Tavares, existe também a necessidade de cortar no custo da energia, baixando-o até um valor competitivo, «abaixo dos 70 euros por
megawatt/hora». O CEO da Stellantis vincou ainda que é necessário «controlar a volatilidade desse custo de energia».
De acordo com a matéria avançada pelo 'Jornal de Negócios', o responsável executivo da marca também aconselhou o Governo português a utilizar os subsídios referentes ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para «acelerar o desenvolvimento da rede de carregamento» de baterias de veículos elétricos. No seu entender, persiste um «problema de custo» que inviabiliza a compra de veículos elétricos por parte da classe média. «Há dois tipos de ajuda: um é diretamente ao consumidor final e outro são infraestruturas de carregamento de baterias», rematou.
Fonte: Lusa | Jornal de Negócios
Foto: Programa Bahia Motor
Origem: https://www.youtube.com/watch?v=i72nE5N7Vqg