A operação abre um novo capítulo no setor logístico e transitário e adensa a onda de integrações que tem vindo a revolucionar a face do mercado global.
O processo de aquisição da Schenker por parte da dinamarquesa DSV encontra-se bem encaminhado e promete transformar a face do ecossistema logístico mundial. A operação de integração do braço logístico da operadora estatal alemã Deutsche Bahn, fixada em 14,3 mil milhões de euros, dará origem à maior empresa logística do mundo. Segundo a companhia nórdica, trata-se de um «evento transformador» que unirá «duas empresas fortes».
«Este é um evento transformador na história da DSV e estamos muito entusiasmados por unir forças com a Schenker. Com esta aquisição unimos duas empresas fortes, criando uma líder mundial na área dos transportes e da logística, o que irá beneficiar os nossos trabalhadores, os nossos clientes e os nossos acionistas»; declarou, na sequência do anúncio oficial da operação de aquisição, o CEO da empresa dinamarquesa, Jens Lund.
A operação abre um novo capítulo no setor logístico e transitário e adensa a onda de integrações que tem vindo a revolucionar a face do mercado global. Quando se tornar uma realidade, a aquisição e colocará a DSV à frente do grupo suíço Kuehne und Nagel. Recorde-se que a DSV nasceu em 1976 e, no seu trajeto, apostou em sucessivas aquisições para ganhar escala: a compra da Schenker será o pináculo de tal estratégia de crescimento.
Na corrida pela compra da Schenker a DSV bateu ao sprint o investidor financeiro CVC, tendo deixado também para trás a compatriota Maersk. O negócio carece ainda da luz verde do conselho de supervisão da Deutsche Bahn (que é composto representantes do governo, do parlamento e dos sindicatos). A companhia adiantou que deverá ter tal aval para fechar o negócio no decorrer das próximas semanas, mas a aprovação dos reguladores apenas em 2025.
Recorde-se que a DSV e a Schenker têm um volume de negócios combinado de 39,2 mil milhões de euros e empregam cerca de 147 mil trabalhadores em mais de 90 países.