O ímpeto empreendedor continua em grande em Portugal, com 2024 a ser um dos anos mais pujantes em termos de criação de novas empresas. Segundo dados veiculados pela Informa D&B, foram criadas 51 388 novas empresas em Portugal durante o ano transacto, sendo este o segundo maior registo de sempre, apenas perdendo para o ano recordista de 2023. Em destaque está o comércio eletrónico (e-Commerce), que continua a mostrar crescimento sustentado, mantendo-se no topo no que toca à criação de novas empresas.

Durante a apresentação online do estudo da D&B Informa, intitulado 'Dinâmica do Tecido Empresarial em 2024 e os desafios para 2025', levada a cabo por Luís Cavaco no passado dia 13 de Fevereiro, fica explícita a forte tendência relativa ao surgimento de novas empresas em território português, apenas travada pela pandemia de COVID-19 e seus efeitos de grande abrandamento nos negócios, investimento e mobilidade. Neste contexto, o comércio eletrónico (e-Commerce) destaca-se como uma das atividades que mais tem vindo a crescer, acompanhando a evolução que vem sendo denotada a nível global e comprovando o papel já inegável desta vertente na estrutura do Comércio Global.

Na última década, explicou Luís Cavaco, assistiu-se a um «crescimento consistente» na criação de empresas, tendo esta tendência sofrido uma acentuação expressiva a partir de 2017, abruptamente quebrada pela pandemia (vários setores interromperam a atividade e deu-se uma queda global de -25% em 2020). Mas a veia empreendedora em Portugal voltou em força (aumentos de dois dígitos em 2021 e 2022) e parece ser para ficar. De assinalar o «crescimento bastante significativo do comércio a retalho, por correspondência via Internet, reforçando assim o papel da Digitalização nas novas formas de comércio», vincou Luís Cavaco durante a sua apresentação. Este registo comprova a incontornável importância do e-Commerce no futuro das empresas, como atestou recentemente o presidente da APAT, Joaquim Pocinho.

Recorde-se que o presidente da APAT vincou que «o futuro estará baseado cada vez mais em soluções de comércio eletrónico», alertando para a importância já estrutural do e-Commerce na atividade dos Transitários. «Cada vez mais teremos contato com soluções B2C e a inovação tecnológica será central na forma de operar. Os transitários enfrentam desafios enormes, que mudarão substancialmente o negócio, mas só acompanhando e compreendendo as mudanças em curso poderemos assegurar o futuro das nossas empresas», explicou Joaquim Pocinho.

Photo: Pixabay | CC0
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