De acordo com dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE), as exportações nacionais contaram, em 2024, com um grande trunfo que permitiu consolidar os resultados positivos recentemente revelados: o cluster Pharma, que vem ganhando peso desde o pandemia de COVID-19, atingiu os 4.036 mil milhões de euros – refletindo um aumento homólogo de +27%. Uma significativa subida que reflete a crescente importância deste subsetor logístico, para o qual muitos operadores logísticos e transitários reservam já divisões dedicadas.
De acordo com os dados do INE, Portugal exporta já para 183 mercados, com as exportações em Saúde a ascender aos 4.036 mil milhões de euros. Esta vertente comercial é já responsável por 5,1% do total exportado em 2024. A crescente preponderância deste subsetor é inegável, tendo o surgimento da pandemia contribuído para uma maior consciencialização sobre a importância da logística farmacêutica e hospitalar. A resposta das empresas foi célere e consequente a adaptação às tendências do mercado permitiu uma eficiente captação de tráfegos e negócio.
Com o impacto da pandemia, em 2020, este setor foi ganhando peso nas operações logísticas, devido aos maiores fluxos de produtos ligados à área da Saúde (EPI e máscaras, vacinas, fármacos, etc) e a uma maior consciencialização da importância de uma logística mais preditiva, estratégica e flexível, adaptada às exigências de contextos de emergência. A capacidade de dar resposta, nos
timings certos, a situações deste calibre, fez com que este
cluster ganhasse uma grande preponderância no Comércio Global, com Portugal a acompanhar a tendência.
No top-5 de países para os quais Portugal exporta, mantêm-se os Estados Unidos da América, com um volume de exportações de produtos de saúde que alcançou os 29,6% em 2024, seguido da Alemanha, com 27,5%, país onde este aumento, em termos homólogos, foi mais significativo. Espanha, França e Bélgica, respetivamente, também integram os principais mercados exportadores. Por categorias de produtos, as preparações farmacêuticas registam o valor mais elevado do total das exportações, 82,8%, o que equivale a mais de três mil milhões de euros.
Em segundo lugar, destacam-se os dispositivos médicos, que alcançaram um volume de cerca de 500 milhões de euros, seguidos dos produtos farmacêuticos de base, que representam 3,8% do total das exportações.
Photo:
PIXABAY
CC0 License