De acordo com o Primeiro-Ministro, «não pode persistir a dúvida» quanto à legitimidade e condições de governação, sendo assim necessária a aprovação de uma moção de confiança.
O Executivo liderado por Luís Montenegro atravessa um período de instabilidade que promete continuar a fazer correr tinta: após as controvérsias - de índole pessoal - que vêm assolando o governo e a figura do Primeiro-Ministro, a moção de censura lançada pelo PCP foi, nesta passada Quarta-feira (dia 5 de Fevereiro) chumpada pelo parlamento; contudo, a moção de confiança inicialmente aventada por Luís Montenegro - e reforçada no debate parlamentar - deverá mesmo avançar, colocando novos pontos de interrogação no horizonte legislativo português.
Luís Montenegro: «Não pode persistir a dúvida»
De acordo com declarações do Primeiro-Ministro, «não pode persistir a dúvida» quanto à legitimidade e condições de governação, sendo assim necessária a aprovação de uma moção de confiança que permita ao Executivo liderado por Luís Montenegro governar com estabilidade. O Governo enfrentou já a segunda moção de censura num período de 15 dias (a primeira havia sido lançada pelo partido do Chega); na reação a este anúncio, o PS revelou a sua intenção de voto: o partido liderado por Pedro Nuno Santos irá vontar contra a moção de confiança.
«Não ficando claro, como resulta das intervenções dos maiores partidos da oposição, que o Parlamento dá todas as condições ao Governo para executar o seu programa, avançaremos para a última oportunidade de o fazer, que é a aprovação de um voto de confiança», declarou Luís Montenegro na passada Quarta-feira (dia 5). Perante a incerteza que se alinha no horizonte, o Primeiro-ministro garantiu que o seu Governo «não se furta ao escrutínio em todos os domínios», admitindo que o cenário de novas eleições pode ser «um mal necessário».