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A nova face do Shipping em 2025 e os desafios impostos aos Transitários

06 Mar
A reestruturação do Shipping global, devido à nova configuração das alianças marítimas para 2025, é somente mais um desafio adaptativo ao qual os Transitários terão de dar resposta. 
O ano de 2025 traz novos paradigmas operacionais e novas configurações no âmbito do Shipping de contentores, devido ao desmantelamento da correlação de forças e de alianças marítimas que vigorava anteriormente. O 'divórcio' entre as líderes de mercado MSC e Maersk Line (a famigerada Aliança 2M) é uma das grandes alterações para 2025 em diante, mas novas oportunidades e desafios poderão surgir no horizonte dos operadores logísticos e dos Transitários. Novos cenários implicarão novos esforços adaptativos, aos quais os Transitários terão de dar resposta.

A reestruturação do Shipping global, devido à nova configuração das alianças marítimas para 2025 e adiante, é somente mais um desafio adaptativo ao qual os Transitários terão de dar resposta. No fundo, o tabuleiro do jogo muda de aspeto mas as regras, ameaças e oportunidades, manter-se-ão similares. Isto porque os grandes armadores seguem a mesma estratégia e as repercussões na cadeia logística permanecem as mesmas. Os Transitários vivem nesta constante batalha de transformação e adaptação, e a resiliência que vêm demonstrando, perante este cenário global, é insuperável.

Posto isto, é expectável que haja um impacto nos valores do frete contentorizado, nos prazos de entrega e nas estratégias de definição das cadeias de abastecimento. Para se adaptarem, as empresas que lidam com importação e exportação devem redobrar esforços de colaboração com fornecedores para otimizar custos e garantir uma cadeia de abastecimento sólida, estável e previsível. Neste contexto, os Transitários terão de aplicar a mesma receita: efetuar uma atenta análise do mercado, jogar na antecipação e criar sinergias operacionais capazes de manter a estabilidade dos fluxos.

Qualquer redefinição, a um nível tão global, implica disrupção e novas dificuldades. A nova configuração pode até ter alguns efeitos positivos na fiabilidade dos serviços em rotas cruciais, como a Ásia-Europa e a Trans-Pacífico. A médio prazo, pode até ajudar a estabilizar os custos do transporte; com a dissolução da 2M Alliance e a formação de novas alianças, como a Gemini e a Premier, poderá haver uma maior concorrência entre as transportadoras. Tal poderá gerar maior concorrência e pressionar uma redução das tarifas de transporte marítimo à medida que os armadores disputam as suas quotas de mercado. Contudo, a ameaça de uma nova guerra de tarifas poderá baralhar quaisquer contas e influenciar o comportamento dos agentes económicos.

Independentemente das alterações, a preponderância do Transitário manter-se-á inamovível. As empresas terão de continuar a apostar na Digitalização, na Formação e Aquisição de Conhecimentos, a fim de dar resposta às exigências de um mercado cada vez mais competitivo. Além disso, o e-commerce e as soluções Business-to-Costumer (B2C) serão cada vez mais estruturantes no Comércio Global e os Transitários terão de operar nesse sentido e adaptar-se a essa irreversível tendência.

Photo: PIXABAY
Perfil: https://pixabay.com/pt/users/yamu_jay-44818947/​
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