No editorial da segunda edição de 2025 da Revista APAT, Joaquim Pocinho, presidente da direção, voltou a colocar ênfase na necessidade, premente, de uma aposta consequente e sólida na Inovação Tecnológica: um desafio que, defendeu, deve ser abraçado pelas empresas transitárias no caminho para uma elevada competitividade, exigida pelos mercados globais e por necessidades logísticas cada vez mais personalizadas e complexas. Novos paradigmas, lembrou, exigem novas abordagens e diferentes resoluções para garantir o Futuro.
«Tempos de mudança» e repensar estratégias: Inovação é crucial
«Vivemos tempos de mudança, em que os paradigmas do mundo pós-guerra fria - livre comércio no mundo e a consequente especialização económica dos diversos países - estão a ser postos em causa», introduziu Joaquim Pocinho. Tal período, lembrou, catalpultou o mundo para um crescimento económico assinalável, acompanhado por volumes inéditos no contexto do Comércio Internacional e uma maior «dispersão das cadeias de abastecimento e numa maior interdependência entre países». O Transitário foi fundamental neste progresso, vincou.
Hoje em dia, contudo, novos ventos trazem desafios diferentes: «Presentemente vivemos tempos em que o comércio mundial livre e sem barreiras poderá estar em causa», alertou o presidente da APAT. Uma «nova realidade» que poderá conduzir ao abrandamento das transações comerciais e à «diminuição do volume de negócios de quem se dedica à organização da Logística e Transportes», explicou. Um novo desafio, «particularmente exigente», para a comunidade transitária - nada a que esta não esteja habituada, salientou Joaquim Pocinho.
Um desafio que «irá ser vencido, tal qual os outros grandes desafios que os transitários enfrentaram no passado», atestou o líder da APAT: «Disso não tenho dúvidas». Para tal, será necessário «continuar, agora talvez em ritmo mais acelerado, no caminho da inovação tecnológica, que proporcione maior produtividade às operações», vincou, sem esquecer a prospeção de «novos mercados». Joaquim Pocinho lembrou ainda que o Transitário detém um «papel fundamental» no futuro da Economia, sendo, portanto, parte crucial da solução.
* Aceda ao nº 152 da Revista APAT - o editorial poderá ser lido, na íntegra, aqui.