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Crescente «acento na intermodalidade vem dar razão aos transitários»

05 Nov
«Não é possível termos portos modernos e eficientes sem transportes intermodais modernos e eficientes», vincou o presidente da APAT, Joaquim Pocinho.
Durante o seu discurso de abertura do 20º Congresso da Associação dos Transitários de Portugal (APAT), realizado em Évora nos dias 10 e 11 de Outubro, Joaquim Pocinho, presidente da associação, reiterou que a aposta incontornável na Intermodalidade sempre foi uma bandeira da classe transitária, mesmo «quando quase ninguém a referia». O líder da APAT vincou que o «transporte intermodal é o uso do meio de transporte mais eficiente a cada momento, tornando a cadeia de abastecimento mais racional e sustentável».

Transitários sabem que a Intermodalidade é a resposta...há décadas

«O acento na intermodalidade vem dar razão aos transitários, que defendem a intermodalidade há décadas», salientou Joaquim Pocinho, realçando que, devido à essência da atividade transitária, os associados da APAT conhecem a realidade logística como ninguém e sempre defenderam o primado da Intermodalidade. «Não é possível termos portos modernos e eficientes sem transportes intermodais modernos e eficientes», declarou o presidente da direção da APAT, perante uma plateia de mais de 150 pessoas.

Investimento infraestrutural deve estimular luta contra a estagnação

Torna-se assim imperativo «investimentos públicos em portos secos, corredores logísticos e ferrovia. Não se pode ambicionar aumentar o tráfego nos nossos portos sem acessibilidades rodo ferroviárias a funcionar em coordenação com portos secos, serviços alfandegários modernos e eficientes e corredores logísticos», explicou o presidente da APAT, que abordou o Plano 5+ (recentemente apresentado pelo Governo) para lembrar que este «não concretiza qual o investimento publico a realizar, nem prazos para a sua execução».
 
Durante a sua intervenção inaugural, Joaquim Pocinho alertou para o crónico abrandamento da economia lusa: «É urgente criar um ambiente mais propicio e amigo das empresas e do investimento privado», sublinhando que Portugal vive «um longo período de estagnação, que dura há cerca de 25 anos». O país precisa de um «aumento da exportação de bens transacionáveis», rematando de forma veemente: «É disso que vivemos enquanto transitários e é por aqui que a economia ganha competitividade e produtividade».

Portugal tem de apostar na exportação de bens transacionáveis

«É fundamental para o país, e para os transitários, a aposta do país na indústria e na exportação de bens transacionáveis. O crescimento da atividade portuária deve acompanhar o desenvolvimento das exportações. E para tal é necessário um melhor ambiente para as empresas. É urgente a diminuição da carga fiscal, a diminuição dos custos de contexto e o apoio à modernização da indústria portuguesa como um todo», declarou ainda o presidente da associação que representa e defende os transitários.

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