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SiMTeM será «desafio» para companhias aéreas, handlers e transitários

06 Nov
Bruno Aires, diretor de carga da TAP Air Cargo, vincou que «é impossível trabalhar sem que a informação circule de forma autónoma, digital e uniformizada».
Na mesa-redonda 'Transporte, Logística e Eficiência Operacional', no âmbito do evento Logipack, que decorreu na FIL, em Lisboa, Bruno Aires (TAP Air Cargo), que integra o debate promovido pela APAT, abordou os «desafios aduaneiros» no segmento da carga aérea e falou sobre o processo de implementação do SiMTeM e da fase de uniformização que este sistema poderá aportar. 
 
«Caminhamos no sentido da uniformização, e isso é positivo. Fala-se há cerca de um ano da implementação do SIMTEM, soube que agora foi empurrado para Novembro, tendo vindo a ser adiada a sua implementação desde Janeiro – confesso que, ainda bem para nós, pois não estaríamos preparados para isso, porque, lá está, de dois em dois anos há sempre algo que muda, existem sempre séries de situações às quais no temos de adaptar, e todos os sistemas necessitam de comunicar uns com os outros», começou por explicar.

«Modus Operandis igual para todos» é essencial

O responsável da TAP Air Cargo vincou que «é impossível trabalhar sem que a informação circule de forma autónoma, digital e uniformizada», ressalvando que tem sido através da resiliência que o negócio da carga aérea tem vindo a dar frutos. «Tem sido com uma forma de pensar positiva que temos conseguido, mesmo face aos constrangimentos nos aeroportos, mexer o negócio da carga aérea todos os anos. É importante este diálogo e é correta a aplicação uniforme de todas as alfândegas, simplifica. Ter um modus operandi igual para todos, simplifica», declarou.

Bruno Aires, que partilhou a mesa-redonda que Pedro Queimado (Kronolog Solutions), Joaquim Vale (Santos e Vale), Manuela Patrício (APL) e Bruno Silva (Medway), deixou uma certeza: «O SiMTeM vai ser um desafio para as companhias aéreas, para os handlers, para os transitários e eu espero que, depois de uma boa implementação, a forma de funcionar com o SIMTEM esteja de acordo com o que as várias alfândegas vão implementar, para que o que iremos pedir aos clientes, em termos de informação, seja igual àquilo que as alfândegas pedem».

Para que Portugal não perca negócio, a regulamentação tem de ser «bem aplicada»

Portugal, que pode desempenhar o papel de interface logístico entre continentes, deve lutar para manter e agregar mais carga, sendo, para tal, importante que haja uniformidade de processos e uma articulação eficiente: «Vivemos num mercado muito competitivo, e para que Portugal não perca negócio, é importante que a aplicação da regulamentação europeia seja também bem aplicada, de forma uniforme, por todas as alfândegas», enfatizou Bruno Aires. «Precisamos de olhar para estas mudanças no sentido de urgência negócio: algo que preciso de investir e preciso de o fazer rapidamente, para não perder carga», rematou o diretor de carga da TAP.

Foto: Free-Images.com |
Wikimedia (Alf van Beem)

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