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MAEIL, Cargofive e Meight analisaram as novidades no transporte de mercadorias

27 Fev
Em parceria com a publicação Transportes & Negócios (T&N), e as tecnológicas MAEIL, Cargofive e Meight, a APAT realizou, no dia 24, o webinar 'Novidades nos 3 Meios de Transporte', visando explorar os novos desafios vividos em cada método de transporte, assim como as inovadoras soluções propostas para agilizar o sector.
Em parceria com a publicação Transportes & Negócios, a MAEIL, a Cargofive e a Meight, a APAT realizou, no passado dia 24 de Fevereiro, o webinar 'Novidades nos 3 Meios de Transporte', visando explorar e analisar os novos desafios vividos em cada método de transporte de mercadorias, assim como as inovadoras soluções propostas para agilizar e revolucionar o sector.

MAIEL abordou o ICS 2

Hugo Duarte da Fonseca, da MAEIL, aludiu ao projeto NEXUS, levado a cabo no Porto de Sines em conjunto com a Cargofive e a Meight, como um dos exemplos da aposta na digitalização para a dinamização dos processos logísticos. Já Romeu Klug debruçou-se sobre a introdução do Import Control System 2 (ICS 2) para a carga aérea (a partir de 1 de Março) - trata-se, explicou, da «implementação de um novo sistema de informação antecipada de cargas» que visa «recolher dados sobre mercadorias que entram ou passam pela comunidade europeia» cuja comunicação «deve ser feita antecipadamente». O intuito é o de «proteger o mercado europeu com novas medidas de segurança aduaneira», facilitando igualmente «os fluxos de informação» e «optimizando os processos». A aposta no ICS 2 (cuja implementação está a ser feita em três fases, entre 2021 e 2024) permitirá ainda, ressalvou Romeu Klug, «aumentar a proteção dos cidadãos, identificar guias de remessas de alto risco e facilitar o desalfandegamento».

Cargofive analisou o Shipping: a era das tarifa spot 

Sara Vera-Cruz, da empresa Cargofive, integrou também o painel de oradores, analisando, no contexto do transporte marítimo, as tarifas, a digitalização e a relação destes tópicos com os grandes desafios dos transitários. Lembrando que a «grande oscilação das tarifas spot dificulta muito o trabalho, tanto dos transitários, armadores ou clientes», Sara Vera-Cruz vincou que a pandemia provocou «uma crise na cadeia de abastecimento e isso forçou a uma maior flexibilidade de resposta por parte dos transitários». Para a especialista em Costumer Success, vivemos uma autêntica «era das tarifas spot», pautada por percalços globais sucessivos: desde a pandemia, passando pela guerra na Ucrânia e até mesmo o encalhamento do porta-contentores da Evergreen no Canal do Suez, que «impactou imenso o comércio internacional». «Em 2022, a guerra na Ucrânia acabou por impactar toda a cadeia do comércio internacional, levando automaticamente a impactar, transversalmente, as tarifas», frisou.

Sobre a digitalização, Sara Vera-Cruz realçou que estes percalços tiveram aspectos positivos, como o acelerar da desmaterialização de processos e a maior disponibilidade de dados levada a cabo pelos armadores, que conduziu a uma «maior autonomia dos transitários no acesso à informação». A aposta forte na adopção de guias de embarque electrónicas, a desmaterialização rumo a uma menor pegada ecológica e também o primado das tarifas spot, marcarão o ecossistema dos transitários nos próximos anos. «Cada vez mais os transitários recorrem às tarifas Spot (vs contratos FAK e NAC) para dar resposta às necessidades dos clientes», assinalou, lembrando que os armadores «já trabalham apenas com preços dinâmicos» e que também a «digitalização da documentação, acesso às tarifas e rotas» é outro dos pilares do futuro do Shipping. «Temos de digitalizar para melhorar o nosso serviço ao cliente», alertou Sara Vera-Cruz.

Meight: as potencialidades da aposta no eCRM

Luís Mendes, outro dos oradores convidados, abordou o sector do transporte rodoviário, dando especial destaque à «implementação da ferramenta eCRM, gestão e monitorização de rotas, integração de telematics e substituição de OBC por smartphones». O fundador da empresa Meight aprofundou as utilidades da eCRM, elencando trunfos como a «facturação instantânea, a redução de custos administrativos, o facto de ser paperless, permitir acesso em tempo real às guias de recolha e entrega, um maior controlo e monitorização dos envios e a possibilidade de integração com serviços já existentes». 

Foto: Nicolás Boullosa | Attribution 2.0 Generic (CC BY 2.0)

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