Trata-se de um «plano ferroviário com várias infraestruturas que é aprovado na sequência de um longuíssimo debate e de um consenso nacional generalizado», explicou o Ministro da Presidência.
Foi aprovado pelo Executivo, no passado dia 10 de Março, o Plano Ferroviário Nacional, na sequência de um «amplo debate nacional», adiantou o Ministro da Presidência, António Leitão Amaro. Neste contexto, o Governo, que enfrenta a dissolução, aposta nas «ligações em alta velocidade que na recente cimeira com Espanha combinámos explorar, seja a ligação pelo Norte, seja a ligação pelo Algarve em alta velocidade, e outras ligações ferroviárias que o país deve planear e desenvolver no longo prazo», detalhou Leitão Amaro.
Aposta na ferrovia é «fator crítico para o crescimento económico»
Trata-se de um «plano ferroviário com várias infraestruturas que é aprovado na sequência de um longuíssimo debate e de um consenso nacional generalizado», explicou o Ministro da Presidência, depois da reunião de Conselho de Ministros. Foi ainda assinada uma resolução que orienta a Infraestruturas de Portugal (IP) a avançar com 31 obras rodoviárias de Norte a Sul do país, assim como a construção da Linha Violeta do Metro de Lisboa. Obras que estavam «na gaveta», mas que têm agora luz verde, completou o ministro.
Segundo comunicado do Governo, o Plano Ferroviário Nacional «
visa dotar o país de uma rede ferroviária impulsionadora da coesão territorial e da economia nacional», realçando que o «desenvolvimento da rede ferroviária é um fator crítico para o crescimento económico nacional». O Governo lembra que a ferrovia alia um imenso potencial de sustentabilidade à capacidade para o transporte em larga escala, afigurando-se assim como uma excelente resposta aos desafios e metas dos dias que correm. A IP foi mandatada para avançar com os «estudos necessários à tomada de decisão»:
- Modernização e eletrificação a Linha do Vouga, com ligação à Linha do Norte em condições de plena interoperabilidade;
- Avaliação das opções para uma ligação direta da Linha do Oeste a Lisboa, nomeadamente à Linha de Cintura;
- Reforço da ligações transfronteiriças a Espanha, incluindo a ligação de Alta Velocidade entre Porto/Vila Real/Bragança/Espanha, a ligação entre Aveiro/Viseu/Salamanca e a ligação de Alta Velocidade entre Faro/Huelva.
- Prioridade de desenvolvimento da rede ferroviária de Alta Velocidade atualmente em curso (Porto-Lisboa, Porto-Vigo e Lisboa-Madrid)
Segundo o Executivo, estas prioridades assegurarão «uma cobertura adequada do território com ligação aos centros urbanos mais relevantes», dando também o devido destaque à importância das «ligações transfronteiriças ibéricas e a integração na rede transeuropeia»:
Por agora, a concretização a médio prazo está identificada pelo plano de investimentos atual, o Programa Nacional de Investimentos 2030, estando este Governo consciente de que o PFN visa a prossecução de objetivos considerados indispensáveis à defesa de interesses públicos.
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